quarta-feira, 23 de março de 2011

HISTÓRIA - 7. As Cruzadas e o renascimento comercial

Cruzadas são expedições guerreiras dos cristãoes europeus, contra os muçulmanos. por volta do ano 1000 a situação européia era de relativa tranquilidade. as populações europeias começam a crescer numericamente e o comércio se expande. para aumentar seus rendimentos. os nobres elevam as obrigações servis.
Os novres multiplicavam-se. aumento do número de batalhas entre os nobres, na tentativa de conquistar feudo.
Servos e senhores tornavam-se marginais. A Europa vê-se próxima de uma grande crise social.
A Igreja interveio e proclamou a Paz de Deus. Os resultados não foram satisfatórios.
Os árabes levantavam empecílhos aos cristãos que desejavam peregrinar a Jeresulém. As pessoas religiosas esperavam que a Igreja fizesse algo. A solução foi o movimento das cruzadas que incentiva os cristãos a lutar.
Nesta empreitada as preocupações econômicas são tão importantes quanto as religiosas.
As Cruzadas foram um fracasso: só uma delas, a primeira, chegou a Jerusalém, mas a conquista foi temporária. Fracassaram porque as invasões tinham caráter apenas militar sem sem criar vínculos das populações conquistadas às raízes econômicas e culturais europeias.
Os três maiores grupos de religiões monoteístas do mundo: cristãos, judeus e muçulmanos.
A importância de Jerusalém para eesas três religiões é incontestável.
O renascimento comercial e urbano. A partir do século XI, o comércio cresceu muito, em várias regiões europeias. Cidades como Veneza, Gênova e Pisa, graças ao transporte marítimo obtinham lucros bem razoáveis nas suas transações. Além das cidades, surgiram também mercados temporais (as feiras), que realizavam-se uma ou duas vezes ao ano, atraindo mercadores internacionais. O comércio altera toda a sociedade, seja na cidade, seja no campo. A economia monetária tornou-se dominante, dando fim a troca de produtos.
O crescimento das cidades. O desenvolvimento do comércio reavivou a vida urbana na Europa Ocidental. As cidades voltaram a crescer. No decorrer das cruzadas, alguns marginalizados do sistema feudal passaram a se dedicar ao comércio. Os comerciantes procuravam se agregar e se proteger atrás das fortificações, os burgos, daí burgueses. Os burgos tornaram-se centros produtivos. As corporações de ofício surgiram para estabelecer um equilíbrio entre a oferta e a procura.Com a expansão do mercado surgiram os jornaleiros (jornada de trabalho).
A monarquia francesa. Felipe IV, o Belo, monarca francês, reuniu um grupo de legistas que proclamaram que a vontade real equivaleria à própria lei. Era a confirmação da legitimação do poder ilimitado do rei.
A política na Itália. Por causa das invasões sucessivas e da interferência da Igreja na região, a penílsula Itálica não se tornou claramente feudal em qualquer momento de sua história.
A centralização do poder na península Ibérica. A penílsula Ibérica havia sido invadida e dominada pelos muçulmanos no início do séc. VIII. Mantiveram o domínio até o início do séc. XI, quando os pequenos principados árabes entraram em guerra civil. Os três pequenos reinos católicos conclamam os cristãos para uma cruzada em território europeu, cruzada conhecida como Reconquista e o seu objetivo era o de expulsar os muçulmanos da península.
Século XIV: o declínio do feudalismo. A Europa parecia ter encontrado o caminho do crescimento econômico a partir do séc. XI: o comércio internacional, a partir do movimento cruzadista, reanimou-se: as cidades cresciam, graças a condições favoráveis.
No século XIV, no entanto, o panorama mudou. Várias das novas propriedades agrícolas foram abandonadas. Os centros urbanos despovoaram-se.
A Peste Negra. Uma epidemia de peste bubônica chegou à Europa, por volta do século XIV. A praga afeta principalmente roedores, e suas pulgas transmitem a doença às pessoas. A transmissão de um ser humano ao outro é muito rápida. Causa febre, doloroso inchaço nas glândulas linfáticas chamadas bulbos e a pessoa infectada vomita sangue. Causa manchas vermelhas na pele, que se tornam negras, até a morte, que dura entre três a quatro dias. Depois de cinco anos, 25 milh~eos de pessoas morreram - um terço da população europeia. Uma das consequências da peste foi o despovoamento europeu. Houve falta de alimentos, aumento dos preços e fome. O resultado social da catástrofe foi a eclosão de inúmeras revoltas camponesas.

Revendo e aprofundando
O estabelecimento de uma rota comercial entre o Oriente e o Ocidente foi um dos resultados mais significativos das Cruzadas, tendo configurado um processo de abertura na sociedade européia, em oposição ao tradicional isolamento dos feudos. O contato dos cruzados com as especiarias e a cultura oriental propiciou a ampliação do universo cultural europeu, até então circunscrito aos feudos e aos ideais religiosos católicos. O comércio, que já se desenvolvia desde o séc. X, sofre um grande impulso a partir do movimento das Cruzadas, através da rota das especiarias. A Igreja dirigiu a atividade militar europeia contra os "infiéis" muçulmanos, transformando as Cruzadas em uma ocasião para o enriquecimento.
O renascimento comercial e urbano europeu medieval apresenta como característica o surgimento de uma nova classe social, a burguesia, constituída principalmente de mercadores, banqueiros e artesãos, e formação de uma nova mentalidade influenciada pela vida mercantil.
A prosperidade das cidades medievais (séc. XII e XIV), com seus mercadores e artesãos, suas universidades e catedras, foi possível graças ao aumento da produção agrícola feudal, decorrente tanto da incorporação de novas terras quanto de novas técnicas.
O processo de formação dos Estados nacionais europeus foi marcado por um evidente fortalecimento do poder dos reis, apoiados por grupos burgueses.
Dentre as causas da crise do sistema feudal, umas delas são a reabertura do mar Mediterrâneo, o desenvolvimento de uma economia comercial e o fortalecimento do poder real.
O Papado via nas Cruzadas um movimento religioso, mas relacionado com a busca de soluções para a superação deproblemas sociais.
Para os árabes os europeus eram invasores de suas terras, a quem consideravam fanáticos, "bestas selvagens" que não poupavam esforços em matar para conseguir seus objetivos. Já os europeus consideravam os árabes atrasados por não estarem de acordo com a cultura ocidental. Além disso, os árabes eram vistos como inimigos, já que controlavam a Terra Santa na época das Cruzadas.
Apesar de não conseguir dominar a Terra Santa, o movimento cruzadista restabeleceu as relações comerciais europeias com o Oriente, impulsionando o renascimento urbano e os contatos culturais, que foram marcantes na Baixa Idade Média.
Em 1099, os cruzados tomaram Jerusalém. Eles massacraram homens, mulheres e crianças, assaltaram casas e saquearam as mesquitas. O saque foi o ponto de partida de uma hostilidade milenar entre o Islão e o Ocidente. Para a cristandade europeia, a retomada de Jerusalém significava a posibilidade de se promover a expansão do cristianismo em direção ao Oriente, além de reabrir as portas para a peregrinação de cristãos à Terra Santa. Dentre os conflitos do mundo contemporâneo que opõem cristãos e muçulmanos destaca-se:
- No Líbano, durante a década de 1970, disputas pelo poder entre as duas facções religiosas proporcionaram um quadro de sangrenta guerra civil.
- No Leste Europeu, após o fim da URSS e o consequente desmoronamento do socialismo na região, emergem os conflitos étnicos e religiosos, como no caso da ex-Iugoslávia.
Além das Cruzadas, houve, a partir do séc. XI, uma necessidade de aumentar a produção por causa do crescimento populacional ocorrido no período. Nesse contexto, há uma intensificação do comércio, com aparecimento dos burgos e da burguesia, camada social especializada nas trocas comerciais.
 

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